Morar em Londres: o que devo saber primeiro?

Quando o assunto é viver no exterior, ir para Londres, a capital da Inglaterra, é o sonho de muitas pessoas, tanto para aqueles que desejam ir para trabalhar, quanto para os que querem ir estudar no país, já que o sonho de muitos jovens brasileiros é aprender inglês ou fazer parte de uma universidade inglesa, muitas delas consideradas como as melhores universidades do mundo.

Para introduzir um pouco do contexto da região, o Reino Unido é uma das 10 maiores economias do mundo e o Estado é uma união política entre a Escócia, Inglaterra, Irlanda do Norte e País de Gales. Além disso, seu sistema político é a monarquia constitucional, no qual a chefe de estado é atualmente a Rainha Elizabeth II.

Mesmo quando o país era membro da União Europeia, a moeda em circulação sempre foi a Libra Esterlina e não o Euro, como em outros países europeus. Isso aconteceu por opção do Estado Soberano ao qual pertence, que é o Reino Unido.

Agora que já apresentamos um pouco sobre o país, vamos conhecer os detalhes importantes de como é viver na capital, o custo de vida, entre outros fatores que contribuem para que muitas pessoas optem por viver e estudar em Londres.

Visto

Antes de tudo, vamos começar entendendo o tipo de visto necessário, que é o ponto primordial. Se o interessado irá permanecer em terras inglesas por 90 dias, o visto é de turista, que é fornecido logo na chegada no aeroporto, antes de entrar no país. Para isso, é preciso preencher um formulário e entregar as autoridades, depois de tudo certo, a liberação de entrada é imediata.

No entanto, se o interesse é morar em Londres por mais tempo, será preciso um visto específico e este será concedido a partir do seu motivo de mudança, como estudo, emprego ou casamento. De acordo com o site do governo do Reino Unido, os motivos para solicitação de um visto no país são:

Turismo com família ou amigos;
Estudos;
Viajando através do Reino Unido (escala de voo);
Trabalho;
Longa estadia (casal/família);
Casamento;
Tratamento médico;
Negócios diplomáticos.

Existem quatros tipos básicos de vistos de trabalho e estudos, sendo eles nominados como:

Tier 2
Este tipo de visto é para trabalhadores reconhecidos com alta capacitação. O procedimento de obtenção do visto deve ser feito com suporte da empresa em que o profissional irá trabalhar. Além disso, deverão ser comprovadas as capacidades do profissional para o cargo, visto que a empresa está contratando alguém de outro país.

O custo do documento fica entre £464 e £1.220, conforme a duração da estadia.

Tier 4
Esse é visto é direcionado a quem for estudar em Londres por até 6 meses. Para conseguir, é preciso ter os documentos que comprovam a matrícula na instituição de ensino. Além disso, com este visto não é permitido que o estudante trabalhe, salvo em caso de graduação e pós-graduação, respeitando as cargas horárias estabelecidas pelo consulado. Ainda, é necessário apresentar uma Carta de Aceitação nos Estudos pretendidos.

O custo do visto é de £348.

Tier 5
Esse visto é destinado a estudantes que ficarão até 2 anos no país. Também pode valer para trabalhadores por no máximo um ano. Neste tipo de visto, também entram os intercâmbios e trabalhos voluntários.

Assim como o Tier 4, para solicitar este tipo de visto é necessário comprovar a matrícula na instituição de ensino ou ter uma Carta Convite do local de trabalho. E o custo sai por volta de £244.

Para cada tipo de visto pode ser obrigatório apresentar documentos específicos. No entanto, de forma geral, os documentos necessários e comuns a todos os casos são:

Passaporte atual e válido (com pelo menos uma folha em branco);
Fotografia tipo passe a cores;
Extrato bancário*;
Comprovar fluência no Inglês **;
Atestado Médico (teste de tuberculose)
Seguro de Saúde (veja aqui)

Custo de vida em Londres é alto?

Londres é sim uma cidade de custos altos, mas não é o mais caro da Europa e, a depender do seu estilo vida, pode ser vantajoso. No caso de alunos com bolsas de estudos, esses custos com moradia, por exemplo, podem ser menores. Além disso, se conseguir um trabalho ou já chegar no país com um emprego garantido e receber um bom salário, esse custo pode valer a pena, porque os salários em Londres costumam ser elevados e variam conforme o nível de especialização do trabalhador.

Se partimos da ideia dos empregos com menor qualificação, os salários podem ser mais baixos. No Reino Unido, uma pessoa até 25 anos tem direito a receber pelo menos £8,72 por hora trabalhada. Já os que estiverem entre 18 e 20 anos, o valor cai para £5,90. Por isso, quanto maior especializado você tiver, maior pode ser a remuneração.

O tradicional ônibus vermelho, de dois andares de Londres

Custo de vida

O custo de vida para uma pessoa morar em Londres, segundo os dados do site Numbeo, sem levar em consideração o custo com a moradia, é de £905,03.

Alimentação

Uma refeição barata para uma pessoa em um restaurante londrino é de cerca de £15, mas se optar por se alimentar em casa, é possível fazer mais economia. Pesquisando os preços com paciência, optar, também, por comprar em locais mais baratos, aproveitar as promoções e dar preferência para comprar os produtos da marca do supermercado, pode ser uma excelente estratégia.

Estes detalhes podem representar a poupança de um bom dinheiro no final do mês, mas toda essa situação vai depender do estilo de vida de cada pessoa.

Transporte

Sobre o custo com transporte, este irá variar de acordo com a zona em que decidir residir: quanto mais longe, menor o aluguel e pode parecer uma vantagem. No entanto, o estudante terá um maior o custo do ticket mensal do transporte. Em geral, o cartão mensal custa £150.

Aluguel de imóveis

Se procurar por um apartamento no centro da cidade, com um quarto, o valor do aluguel pode sair por £1.700, porém se a busca for feita por zonas mais afastadas do centro, o valor pode cair para £1.200. Para aqueles que não se preocupam em dividir residências, é possível alugar quartos em casas, que saem por cerca de £400 a £800, de acordo com a região escolhida. E neste caso, pode ser mais vantajoso para o estudante que precisará gastar com passagem de ônibus, como citado anteriormente.