5 coisas que você precisa saber antes de fazer intercâmbio na Austrália

Como já falamos aqui no Viva Mundo, a Austrália é um dos destinos preferidos pelos estudantes que fazem intercâmbio no exterior. A possibilidade de estudar e trabalhar ao mesmo tempo, conhecer a cultura local, as praias e o clima temperado são alguns dos motivos que atraem os intercambistas ao país continental, que tem cerca de 23,4 milhões de habitantes, sendo que aproximadamente 60% moram em Sydney, Melbourne, Brisbane, Perth e Adelaide.

Com o terceiro maior índice de desenvolvimento humano do mundo (IDH), a Austrália possui 43 universidades: 40 locais, duas internacionais e uma particular de especialização. A duração dos estudos varia de acordo com o curso e nível, mas pode ir de 1 ano (pós-graduação) até 4 ou mais anos (bacharelado). Os mestrados no país duram entre 1 e 2 anos, já os Associate Degrees demoram 2 anos; e os doutorados geralmente são concluídos em 3 anos.

Por sua qualidade de vida, o país atrai estudantes de diferentes áreas, mas algumas são referência. São elas: Turismo e Hospitalidade, Enfermagem, Ciências Ambientais e Marinhas, Medicina e Mídias.

Pensando nos que sonham ou que estão começando a se planejar para fazer um intercâmbio na Austrália, separamos nesse texto cinco coisas que você precisa saber antes de viajar. Anota aí!

Intercâmbio na Austrália1

1 - Descubra qual é o seu visto e providencie

Os intercambistas que vão para a Austrália têm duas formas de regularizar sua situação no país. É possível solicitar tanto o visto de turista, quanto o visto de estudante. 

Com o documento de turista, o estudante pode ficar no país por até 3 meses. Essa opção é a mais barata: custa cerca de $145 dólares australianos, mas o estudante não poderá trabalhar. 

Já o visto de estudante é ideal para os que vão ficar mais tempo no país. O documento terá a mesma validade que a duração do seu curso. Mas calma: você pode ainda incluir 1 mês de férias no final. Ao contrário do visto de turista, é possível trabalhar legalmente por meio período (40h a cada 15 dias). Parceiros e filhos podem entrar como dependentes do estudante sem precisar estudar.

Além de comprovar que está indo estudar, o intercambista precisa mostrar que pode se manter na Austrália durante todo o tempo de duração do visto e apresentar documentos como carta de intenções, carteira de trabalho, diploma, etc. Não se esqueça de providenciar o seguro saúde específico para estudantes internacionais (OSHC). O valor da aplicação dessa modalidade é de $620 dólares australianos.

2 - O salário mínimo da Austrália é o maior do mundo 

De acordo com um levantamento recente feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), a Austrália é o país com o maior salário mínimo do mundo (AUD$19,49 por hora desde 2019).

Mas o custo de vida também é bem alto. Segundo o site Numbeo, o custo de vida mensal de uma pessoa, sem contar o aluguel, em Sydney, por exemplo, é de R$ 3.204,65; já os que moram na capital Canberra precisam ter R$ 2.841,58; e os que escolhem ir para Melbourne, capital costeira do estado de Victoria, no Sudeste da Austrália, gastam em média R$ 3.114,48.

Apesar de caro, até os que ganham um salário mínimo no país conseguem arcar com os custos de vida básicos nas principais cidades e ter uma certa estabilidade. Levando em consideração que os estudantes só podem trabalhar 40h a cada 15 dias, o orçamento pode ficar apertado - principalmente se você não levar um dinheiro reserva - mas se planejando direitinho dá para viver bem e até economizar para uma viagem.

3 - Neva mais na Austrália do que na Suíça

Se você escolheu o país apenas olhando as fotos das praias ensolaradas no Google, saiba que a Austrália não faz calor o ano todo. Acredite: cai mais neve lá do que na Suíça! A última vez que nevou em Sydney foi em 1836, mas a região dos Alpes - que vai de Nova Gales do Sul a Victoria - tem nevascas entre junho e outubro. 

Mas vale ressaltar que a Austrália é um país imenso e, assim como o Brasil, o clima varia bastante em cada região. Ou seja: pesquise bem sobre a sua cidade antes de embarcar. 

Enquanto no Norte do país faz calor o ano todo, o Centro é formado pelo deserto Outback; e as cidades ao Sul, como Sydney, Melbourne e Adelaide, registram temperaturas mais frias durante o Inverno, chegando perto de 0°C.

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4 - O inglês australiano é bem diferente

Assim como os portugueses fazem questão de ressaltar que a língua falada no Brasil é o “português brasileiro”, na Austrália os locais falam “australianês”. 

Brincadeiras à parte, apesar da população local falar inglês, o sotaque é uma característica muito marcante tanto nas cidades grandes quanto nas menores. Então pode ser que você não entenda logo de cara o que eles estão dizendo. Com o tempo, entretanto, isso tende a melhorar.

Além disso, muitos australianos usam gírias e usam abreviações. Afternoon (tarde, em inglês), por exemplo, vira ‘arvo’ e barbecue (o molho) vira ‘barbie’. Os próprios australianos são conhecidos como Aussie - uma forma abreviada do país, Austrália. Os locais também são conhecidos como “Oz”.

5 - Cruzar com animais é mais raro do que você pensa

Quando você pensa em Austrália, qual a primeira imagem que vem na sua cabeça? Muito provavelmente você deve ter se lembrado dos coalas e cangurus, animais que são verdadeiros símbolos do país. Mas a verdade é que dificilmente você os encontrará em parques da cidade ou mesmo cruzando uma estrada. 

Os cangurus, por exemplo, podem ser encontrados nas florestas tropicais e algumas poucas vezes nas estradas. Ou seja: estar na Austrália não significa necessariamente encontrar um animal selvagem - como crocodilos, tubarões e aranhas - a cada passeio, mergulho ou até mesmo dentro de casa, como mostram vídeos que viralizam na internet. Pode acontecer, mas com menos frequência do que as redes sociais mostram. 

Só por precaução, é bom colocar telas nas janelas de casa e checar sempre as roupas do varal.

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