Coronavírus: com curva estável em Portugal, estudantes voltam a sonhar com o destino

Após precauções sanitárias, planos de contingência e união política, a vida dos portugueses já começa a voltar ao normal e a população se adapta à nova realidade. Enquanto isso, Portugal se destaca mundialmente por ser um dos países que está lidando melhor com a pandemia da Covid-19 na Europa – mantendo o coronavírus mais controlado que países europeus mais ricos. Com isso, o país volta a chamar atenção não apenas de estudantes de outros países como imigrantes em geral, que enxergam uma luz no fim do túnel.
 
O país entrou em sua terceira fase de desconfinamento no dia 1º de junho – abrindo cinemas, teatros e casas de espetáculo. A epidemia se concentra na Grande Lisboa e na região do Porto, com 90% dos casos positivos. No extremo oposto está, a Região do Alentejo, com 0,5%. Com 33% da superfície do país continental, a região tem 23 habitantes por quilômetro quadrado, como na Suécia. 
 
A região de Lisboa e Vale do Tejo concentrou, na última semana, a grande maioria dos casos, após a identificação de surtos, principalmente em municípios da periferia da capital.
 
Mesmo com os novos casos, o país conseguiu estabilizar os números do coronavírus. De acordo com especialistas, o pico da doença no país foi entre o fim de março e início de abril, quando a curva atingiu seu máximo e depois só decresceu de uma maneira geral. Apesar da estabilização e da reabertura de locais turísticos importantes na Europa, viajar de um país para outro ainda é um cenário incerto, apesar de visível.
 
Algumas das universidades portuguesas já preveem um possível retorno das aulas presenciais em 2021. Polos como Porto, Coimbra e Almada já estão recebendo candidaturas de estudantes estrangeiros para cursos de graduação e mestrado. A GEDS, empresa portuguesa especializada em programas dedicados à educação privada na área da saúde, por exemplo, recebeu mais de 6 mil candidaturas de estudantes estrangeiros interessados em frequentar universidades portuguesas.
 
O panorama português contrasta com o que acontece na América Latina, que superou no domingo a barreira de 1 milhão de casos, em particular no Brasil, país com 584.016 contágios e mais de 32.548 mortes. Na última quarta-feira (03/06), o país contabilizou um óbito a cada 64 segundos, o maior número já registrado na pandemia.
 
Portugal, na contramão, caminha gradativamente no controle da doença. O alívio da quarentena começou no início de maio, depois de um mês e meio de lockdown para evitar a propagação da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Nesse período, a população só podia sair de casa para atividades consideradas essenciais, como ir ao supermercado, à farmácia, ao médico e fazer exercícios físicos. 
 
Na primeira fase do desconfinamento - que foi do dia 4 ao dia 17 – as autoridades reabriram as pequenas lojas, salões e barbearias. No dia 18, os restaurantes e cafés abriram as portas com capacidade reduzida; os museus e atrações voltaram a funcionar, as aulas para os alunos dos 11º e 12º anos retornaram e já é permitido ir à praia. 
 
Embora as autoridades estivesse considerado a covid-19 uma “gripe forte” dias antes de 2 de março - data em que foi confirmado o primeiro caso da doença no país - as previsões apontavam para um milhão de contagiados, o equivalente a 10% da população de Portugal. Quarenta dias depois, foram apenas 16 mil casos e 470 mortes. Ou seja, o coronavírus em Portugal avança sob controle e o país contorna a pandemia com um índice de casos por milhão de habitantes que é a metade do sueco.
 
O país foi o último país infectado da Europa Ocidental, e por causa de importações da Itália e da Espanha. Sendo assim, teve mais tempo para se preparar e se precipitou quanto as medidas restritivas. Em 13 de março, quando o país tinha apenas 112 casos positivos e nenhum morto, foi decretado o estado de alerta e o fechamento dos colégios. A ação foi feita em conjunto com a Espanha, que na mesma data já registrava 6 mil infectados e 132 mortos. 
 
As medidas antecipadas fizeram com que o país tivesse, nos primeiros 25 dias da epidemia, a menor taxa de reprodução do vírus do continente, segundo um estudo da Universidade Nova de Lisboa.
 
Entre as medidas que o país tomou estão a ativação da rede de atenção primária, que garantiu com que a maior parte dos pacientes sigam o tratamento em casa, garantindo um melhor atendimento aos casos mais graves, nos hospitais.
 
Os hospitais de Portugal passaram longe do colapso, e os de campanha nem precisaram ser capacitados.
 
Seja pelos políticos, médicos, pelos políticos ou pelo povo, Portugal está lidando com a situação melhor do que muitos países, embora ainda faltem testes, máscaras e gel desinfetante. 
 
Além de um planejamento para retomar as atividades gradualmente, é importante não abrir mão das medidas que já estão em vigor, como etiqueta respiratória, higienização das mãos e distanciamento físico. 
 
Diante disso, o sonho de estudar em Portugal apenas se distanciou, mas não foi cancelado. Logo mais as coisas devem voltar ao normal no destino. Por enquanto, o momento é se informar. Aproveite para juntar todos os documentos, ler editais e pesquisar bastante!
 
 
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