Você já deve ter ouvido falar que, antes mesmo de ingressar em um curso de graduação ou pós-graduação no exterior, deve fazer um exame para comprovar os seus conhecimentos sobre o idioma da instituição em que deseja estudar. Isso acontece nos países de língua inglesa (para isso existe o TOEFL e o IELTS, por exemplo) e também nos países europeus.
A diferença é que, para criar uma forma única e objetiva de avaliar os alunos interessados em ingressar em uma de suas instituições, a Europa criou o Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas. Isso quer dizer que os exames europeus, além de testarem conhecimentos de línguas diferentes e terem nomes que variam de acordo com o país, seguem o mesmo sistema de avaliação. Ou seja, ao fazer um teste de língua estrangeira, o aluno é avaliado por um critério único, com resultados que variam do nível básico ao avançado.
Esses níveis são representados pelas letras A, B e C e divididos em seis classificações diferentes (A1, A2, B1, B2, C1 e C2). As duas primeiras, equivalem ao conhecimento inicial e básico da língua; as duas seguintes ao intermediário e pós-intermediário e, as duas últimas, avançado e proficiente. Na maioria das vezes, para ingressar em uma faculdade ou universidade na Europa, o aluno precisa atingir o nível B2 de conhecimento. Mas, vale checar o que a instituição em que você quer estudar exige.
Aproveite para conferir quais são os principais exames de língua estrangeira da Europa
França
Para ingressar em um curso de graduação ou pós-graduação em uma universidade francesa você precisa comprovar um nível de conhecimento intermediário ou avançado da língua. Por isso, existem o DELF e o DALF: atestados oficiais de domínio do francês reconhecidos pelo Ministério da Educação da França.
Enquanto o DELF é uma classificação de nível intermediário, que engloba dos níveis A1 a B2, o DALF corresponde a um nível avançado de conhecimento, C1 e C2. Para obter um dos certificados, os alunos são avaliados de acordo com a compreensão oral, interpretação, produção de texto e conversação. No Brasil, os testes são aplicados pela Aliança Francesa e, ao contrário do TOEFL e do IELTS, o DELF e o DALF não tem validade.
Alemanha
Já aqueles que querem estudar em uma instituição alemã tem duas opções: fazer a prova no Brasil ou na Alemanha. O TestDaF, por exemplo, serve para quem quer tentar garantir uma vaga na universidade antes mesmo de embarcar para o país. Ainda no Brasil, o aluno faz uma prova para testar os seus conhecimentos de ortografia, vocabulário, interpretação e gramática de níveis B2 para cima.
Os alunos ainda tem a opção de fazer o DSH, que é aplicado apenas na Alemanha, mais ou menos um mês antes do semestre começar, na própria instituição onde o aluno deseja estudar. O teste avalia os conhecimentos oral e escrito dos alunos, que podem receber três classificações diferentes (que vão do nível 1 ao 3). Para conseguir ingressar em uma instituição alemã, o aluno precisa atingir pelo menos o segundo nível. O exame é aplicado de uma a duas vezes ao longo do ano.
Já o TestdDaF é realizado em seis datas fixas ao longo do ano. Você pode conferir os dias e os locais de prova no Brasil no site oficial do exame. Ao contrário do DSH, que pode ser gratuito dependendo da instituição, todos os alunos interessados em fazer o TestDaf precisam pagar pelo exame.
Espanha
O DELE é o atestado oficial para aqueles que desejam comprovar o conhecimento da língua espanhola. Para conseguir o certificado, os alunos precisam fazer um exame em que são avaliados de acordo com a compreensão oral, interpretação, escrita e conversação e podem ser classificados dos níveis A1 ao C2.
A prova é dividida em dois grupos diferentes, cada um valendo 50 pontos. Para garantir uma vaga em uma instituição espanhola, o aluno precisa comprovar um conhecimento intermediário ou avançado da língua. Isso significa que você precisa fazer, no mínimo, 60 pontos e pelo menos 30 pontos em cada um dos grupos que compõe o exame.
Assim como os exames anteriores, o DELE também não tem validade. A prova é realizada cinco vezes ao londo do ano (durante os meses de abril, maio, julho, outubro e novembro) no Instituto Cervantes. Para saber mais detalhe sobre o exame, clique aqui!
Itália
Já para quem sonha em estudar em uma instituição italiana, os testes CELI e CILS são as opções mais conhecidas e oficiais para comprovar o conhecimento do idioma. As duas avaliam os alunos nos seis níveis de classificação do Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas, que vão do A1 ao C2. Assim, como os testes anteriores, você também será avaliado de acordo com os seus conhecimentos de leitura, escrita, compreensão oral e expressão oral.
Para conhecer algumas das melhores instituições em que você pode ingressar em cada um desses países, clique aqui!
