Fazendo intercâmbio em casal: tudo o que você precisa saber sobre essa tendência

Pensa em fazer um intercâmbio, mas não quer deixar o mozão? Pois você sabia que existe o intercâmbio para casais? Esse tipo de viagem para o exterior é uma ótima oportunidade de vivenciar novas experiências e fortalecer sua relação. 

A nova modalidade no segmento surgiu junto com uma mudança no perfil dos intercambistas nos últimos anos - os programas agora são alvo de jovens profissionais de 25 a 40 anos. A maior demanda por intercâmbios de casais tem vindo de pessoas que já estão casadas ou envolvidas com alguém e, ao mesmo tempo, querem aprimorar o currículo. A maior parte dos casais costumam viajar durante as férias e aliam estudo e passeio.

Afinal, não é fácil deixar os amigos e a família - ainda que temporariamente e mesmo em tempos de redes sociais – para fazer um intercâmbio, especialmente quando isso também envolve ficar longe da pessoa que você ama e, principalmente, convive diariamente. 

Em resumo, esse tipo de intercâmbio funciona como um intercâmbio normal, com experiências similares, mas junto com outra pessoa. Uma das principais vantagens de viver essa experiência em casal é que os pacotes desta categoria costumam ser mais baratos. 

Assim como em outras modalidades, a viagem ao exterior pode abrir portas para o aperfeiçoamento profissional e para a pesquisa acadêmica. Além de, é claro, conhecer outras pessoas, histórias inspiradoras e outras visões de mundo.

Pensando em esclarecer todas as dúvidas dos casais, fizemos essa publicação. Saiba mais sobre essa modalidade de intercâmbio.

O que é o intercâmbio para casais?

O intercâmbio para casais é uma modalidade de estudar e/ou trabalhar fora do país junto com o parceiro. Juntos, vocês compartilham experiências durante a jornada. Detalhes como duração e serviços incluídos são definidos na contratação.

Essa é uma oportunidade para quem deseja viajar com a outra pessoa, em vez de se distanciar, ainda que temporariamente. Mas antes de tomar essa decisão, ambos precisam conversar, alinhando as expectativas. Em todo esse processo - que vai desde a decisão de estudar fora até a realização desse objetivo - o diálogo é fundamental.

O pré-requisito básico para fazer esse tipo de viagem é que os dois gostem de viajar e experimentar novas culturas. 

Quais as vantagens de fazer um intercâmbio a dois?

Além do próprio preço da viagem, que fica mais barata por conta dos pacotes, quando você viaja com outra pessoa, um encoraja o outro e traz motivação para ficar longe do resto da família e dos amigos. Ambos vão saber que não estão sozinhos e que podem contar um com o outro. Ou seja: até mesmo os desafios e obstáculos da nova experiência ficam mais fáceis. Veja mais vantagens desse tipo de viagem.

Divisão de custos
Como já ressaltamos acima, o intercâmbio para casais é sinônimo de despesas compartilhadas. Assim, gastos com comida, produtos para casa, etc, diminuem de forma significativa. O aluguel, por exemplo, é reduzido à metade. Com isso, vocês têm mais dinheiro para passear e aproveitar não só o país em que estão, como cidades próximas.

Aumento do tempo juntos
O casal se torna mais próximo, porque estarão quase o tempo todo juntos. Conhecem novas pessoas, fazem amigos e passam por situações específicas. Com isso, os laços são estreitados. Mas é preciso tomar cuidado para não desgastar a relação. Empatia em primeiro lugar!

Suporte mútuo
O intercâmbio é uma experiência única, mas, como já sabemos, envolve vários obstáculos pessoais e profissionais. Com o apoio de outra pessoa, fica mais fácil passar pelas dificuldades e enfrentar a saudade do país de origem. 

Dividir a experiência do intercâmbio com alguém próximo é também ter o apoio daquela pessoa nem que seja para te lembrar um pouquinho do quanto é importante ir nas aulas, estudar, guardar um dinheiro, etc.

Como funciona o intercâmbio para casais?

O intercâmbio para casais funciona quase sempre como a modalidade tradicional, com a diferença de que você e seu amor viajam juntos para o exterior, passando por experiências parecidas.

Para participar, o melhor caminho é contratar uma agência especializada, que pode criar um roteiro de acordo com a escolha e a necessidade de ambos. 

Apesar de ser difícil encontrar uma hospedagem privada em que possam ficar juntos, é possível achar uma acomodação separada para vocês. Caso decidam trabalhar ou estudar, cada um cria um roteiro de acordo com seus objetivos. Ou seja: não necessariamente todas atividades e cursos dos dois precisam ser iguais, o que ajuda a dar uma variada da rotina e, é claro, personalizar a vivência de cada pessoas individualmente. 

Destinos

Assim como os cursos e roteiros que os intercambistas irão fazer, o destino escolhido depende do consenso entre o casal. Entre os países mais escolhidos estão a Austrália, que tem diversas opções de visto, o que facilita na hora de conseguir a autorização de entrada para ambos; Canadá, país que oferece programas de intercâmbio para casais mais curtos - em alguns casos dá até para estudar e trabalhar; e Nova Zelândia, que tem regras parecidas com a do modelo canadense.

Outro país bastante requisitado pelos casais é a Irlanda, que exige que os vistos  sejam separadas. Por lá, existem cursos variados para agradar o casal.

Ainda falando de intercâmbios em casal, outra opção é juntar o intercâmbio à lua de mel. Nesse caso Malta, arquipélago que fica no coração do Mar Mediterrâneo, bem perto da Sicília, na Itália, é uma boa escolha.

Quanto custa fazer um intercâmbio em casal?

Assim como em intercâmbios tradicionais, o custo de cada viagem varia muito conforme o destino e o tempo que o casal vai passar no local. No entanto, prepare-se para investir pelo menos R$ 5 mil por pessoa.

Só para se ter uma ideia, se for para Liverpool (Reino Unido) por quatro semanas, por exemplo, terá que desembolsar cerca de 1.250 euros por pessoa. Em San Diego (EUA), na Califórnia (EUA), sai por média de 2 mil dólares pelo mesmo período. E na Cidade do Cabo (África do Sul) fica por 1.680 dólares por pessoa.

Desvantagens

A maior desvantagem de fazer um intercâmbio junto com o mozão está no possível bloqueio que a companhia brasileira pode causar na sua imersão no idioma e na própria experiência do intercâmbio.

Quando a pessoa viaja sozinha, com certeza o esforço para comunicação é maior. Inclusive dentro de casa, a pessoa não irá falar tanto português, por exemplo. Isso faz com que a imersão no idioma seja mais profunda e os resultados do intercâmbio quanto ao aprendizado da nova língua sejam mais eficazes.

Por isso, uma dica importante para os casais é que deixem o português em casa e só se falem com a língua local, mesmo estando em casa. 

Leia mais
Quer estudar no exterior? Conheça 20 celebridades que fizeram intercâmbio.
10 livros que você deve ler antes de estudar no exterior.
5 programas de intercâmbio para quem já passou dos 40 
10 motivos para fazer um intercâmbio depois dos 40 anos
O que motiva alguém a estudar no exterior?